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Bem Vindo!

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Este blog foi criado com o intuito de postar notícias relacionadas a Sistemas de Informação, como requisito da matéria Sistema de Informação, que é lecionada pela professora Elaine Ribeiro aos alunos que estão cursando o 5° Perído no primeiro semestre de 2001, na Faculdade Pitagoras.

Alunos responsáveis pelo blog: Alexandre Santos Barros, Letícia Pereira Ramos e Seara Eliza Soares Saback.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A perspectiva sociotécnica


A perspectiva sociotécnica utilizada noMMcompreende o processo de transformação de padrões de ação social para o formato de informação técnica, a qual entra novamente no espaço social, modificando-o. A primeira etapa desse processo exige uma descontextualização do padrão de ação social estabelecido, para o qual só assim se pode construir uma versão formal,por exemplo, na forma de um artefato tecnológico software, ou sistema computacional. Esse artefato será então introduzido no contexto social num processo de recontextualização, modificando-o como resultado do próprio uso da tecnologia produzida.
Examinado de forma detalhada esse processo, podem-se distinguir nele três etapas: i)formalização; ii) algoritmização; iii) utilização (ou apropriação). A formalização tem como pré-requisito a descontextualização de um padrão de ação social e vem acompanhada de um processo de destruição: a descrição de ações por meio de operações (Siefkes apud [4]). Enquantouma ação se desenvolve em uma situação e contexto social específicos, uma operação descreve uma maneira de agir que se repete e se tornou rotineira. Essa descrição se baseia no ponto de vista do sujeito que a realiza (o observador), o qual está sempre associado a uma intenção social. No entanto, com a formalização de uma ação em uma operação — de modo que esta venha a ser posteriormente transformada em artefato tecnológico —, o objetivo e contexto sociais originais da ação tornam-se invisíveis na estrutura formal resultante, embora esta os carregue em si de certa forma.
À formalização sucede a algoritmização, processo no qual ações são traduzidas em um procedimento computacional, que será finalmente implementado por um programa. Esse programa resultante representa, assim, a tentativa de realização daqueles objetivos e intenções sociais que estruturaram a observação inicial, e se assenta, portanto, sobre um fundamento social. Socialmente fundamentados são, sobretudo, as motivações centrais de automatização e racionalização, as quais influenciam a determinação dos padrões de ação que serão selecionados para serem formalizados. Exemplos notáveis de motivações constituem aquelas oriundas de contextos de produção e trabalho, mas também as motivações provenientes das relações formalmente regulamentadas da vida pessoal.

Henrique Cukierman, editor.
Engenharia de Software (WOSES 2006)
Arno Rolf.
GesellschaftMIKROPOLIS 2010 – Menschen, Computer, Internet in der globalen. Metropolis-Verlag, Marburgo, Alemanha, 2008.Anais do II Workshop Um Olhar Sociotécnico sobre a, Rio de Janeiro, 2006. PESC/COPPE/UFRJ.

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